Após uma primeira tentativa falhada, há uns meses, pois torci um pé a descer o estradão em terra batida, desta vez sempre visitei a cascata de Cela Cavalos.
Não tão conhecida, talvez pelo facto de obrigar a uma caminhada pois não é acessível de carro, mas das mais impressionantes, esta localiza-se entre as pequenas localidades de Cela e Lapela, no concelho de Montalegre em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês. (Coordenadas | 41°45’38.40 N – 7°59’12.39 W)
Não vou falar aqui de como lá chegar, o que reservo para outra publicação, mas sim da cascata em si.
Já afirmei, várias vezes, que sou uma apaixonada por cascatas, daí talvez ser um pouco suspeita quando falo delas, mas acho que tudo o que eventualmente se possa escrever sobre a beleza da cascata de Cela Cavalos ficará, sempre, muito aquém da realidade, pois ela é deslumbrante.
Embora até goste de ir para a água nas cascatas, não costumo visitá-las em dias de grande calor, pois geralmente são de difícil acesso o que torna complicado o percurso.
Sou mais, sim, de apreciar a sua beleza, principalmente depois de alguns dias de chuva.
Não existe, portanto, uma época ideal para as visitar, pois depende de uma pequena reflexão que cada um deve fazer, para tentar perceber o que prefere.
Alimentada pelas águas dos ribeiros das Cavadas e de Cela Cavalos, escolhi, para a visitar, um dia após uma época com alguma chuva.
O resultado não podia ser melhor pois a queda da água era impressionante, de abundante que era.
A força com que caía era tal, que os poucos minutos que passei a tirar uma fotografia sobre as rochas foram suficientes para me molhar toda, devido à água projetada pela queda.
Do outro lado, pequenos moinhos graníticos, embelezam, ainda mais, a cascata, tornando aquele canto recôndito muito poético.
A queda de água forma uma linda piscina natural junto às rochas.
E continua, sossegadamente, o seu percurso, pela natureza.
É difícil partir.
A Mesa da Figueira 