Água(s), Bairro de Alfama, Concelho de Lisboa, Distrito de Lisboa, Portugal, Santa Maria Maior

Alfama… Al Hamma…

É conhecido por Alfama, mas durante muito tempo foi “al-hamma (الحمّة)”, que significa “fonte de águas quentes, águas boas”.

É o bairro mais antigo da capital portuguesa e um dos mais antigos da Europa. Em Alfama nasceu Lisboa…

Al Hamma era o seu nome em árabe, o que significa fontes ou banhos, pois era, assim, que era conhecida e chamavam à terra de onde brotava água com abundância.

Há uns tempos a residir em Lisboa, ainda não tinha entrado no seu coração, o bairro de Alfama, um dos bairros mais típicos da cidade.

Descobri Alfama, a pé, com um grupo de turistas, numa das visitas guiadas da empresa Civitatis (https://www.civitatis.com), um conceito interessante. (https://www.civitatis.com/pt/lisboa/free-tour-bairro-alfama/?_gl=1*n0sj1o*_up*MQ..&gclid=CjwKCAjw4JWZBhApEiwAtJUN0CHGsk5ug-B-LH-7oYEfAi4ETDUuqgu2Het3pRGasxjN7IiDkucBKBoC8XcQAvD_BwE&gclsrc=aw.ds)

Descobri o bairro a pé, a única forma de descobrir a maioria das ruas deste bairro onde não há transito automóvel pelo facto de não ser possível por se tratarem de ruas muito estreitas e escadas, muitas escadas…

Parece uma pequena aldeia, onde as pessoas falam entre elas de uma casa para a outra, estendem a roupa na rua ou deixam as suas portas abertas sem medo de assaltos.

Em cada esquina, uma linda praça, um lindo pormenor, uma linda rua…

Até videiras atravessam as ruas e formam uma bela ramada.

O Santo António é completamente venerado neste bairro, também conhecido pelas festas dos santos populares nomeadamente a que que ocorre de 12 para 13 de junho em honra a este santo, sendo frequente encontrar a sua imagem à entrada das casas.

Diariamente o bairro é frequentado por inúmeros turistas que apreciam as rotinas dos seus moradores ou que procuram os restaurantes existentes.

Como forma de melhorar a situação económica das suas vidas, geralmente por usufruírem de pequenas reformas e aproveitando o grande número de turistas que agora descobrem este típico bairro, é comum ver as suas moradores a vender ginjinha caseira nas ruas. Confecionada cada uma com um toque muito pessoal, uma delícia.

Alfama, também, é fado, este estilo de música, por vezes, melancólico, que teve a sua origem neste bairro, quando as esposas dos marinheiros o cantavam enquanto aguardavam o regresso dos seus maridos do mar.

Outro pormenor que eu gostei particularmente e achei giríssimo é a existência de fotografias de pessoas, a preto e branco, nas fachadas das casas. Trata-se do resultado de um projeto, da fotógrafa britânica Camila Watson, que fotografou os moradores mais emblemáticos de Alfama e partilhou estas fotografias pelas suas ruas, como forma de preservar a memória de pessoas conhecidas do bairro. Lindo.

Próximo do Largo das Portas do sol, um pequeno túnel apresenta a história de Lisboa em banda desenhada, uma forma divertida e muito original de lembrar os momentos mais marcantes da cidade.

Mas Alfama também é muita história. A passagem da cerca moura é prova disso.

Deambular pelas ruas labirínticas e descobrir todos estes belos pormenores é o mais agradável em Alfama.

Uma outra forma de ir para Alfama é através no turístico elétrico 28.

As vistas mais espetaculares sobre este bairro são as que se podem apreciar a partir dos miradouros das Portas do Sol e de Santa Luzia.

Por cima e, ainda, envolvendo Alfama fica a colina do Castelo de São Jorge, o palácio real até ao seculo XVI.

Para baixo a linda Sé de Lisboa.

2 opiniões sobre “Alfama… Al Hamma…”

Deixe um comentário