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O 28, um clássico de Lisboa

É clara a ligação que a cidade de Lisboa tem com os seus elétricos.

Uma relação iniciada, em 1901, quando entrou em funcionamento a primeira linha, que permitia o transporte das pessoas entre o Cais do Sodré e Algés.

Hoje, mais de 100 anos depois, já não conseguimos viver sem aqueles veículos amarelos a percorrer as ruas da capital portuguesa e a esbanjar todo o seu charme por estas.

Embora existam vários elétricos, há um que se destaca, o 28.

É o mais procurado pelos turistas que, diariamente, visitam Lisboa, mas, também, continua a transportar, como sempre fez, os moradores, dos bairros que atravessa, nas suas deslocações quotidianas.

Percorre alguns dos bairros mais típicos da cidade, como a Graça, Alfama, Chiado ou Campo de Ourique, numa viagem de aproximadamente 48 minutos.

O percurso inicia na Praça Martim Moniz, onde geralmente existem longas filas de pessoas à espera do 28, e termina junto ao cemitério dos Prazeres.

Sobe até uma das maiores colinas de Lisboa, a Graça, e segue para Alfama, passando por algumas das ruas mais pitorescas de Lisboa.

Por momentos parece que raspa as casas de tão próximo que está delas.

Para mim, um dos melhores momentos da viagem.

Pára no lindo Largo das Portas do Sol, onde se localizam os miradouros das Portas do Sol e o de Santa Luzia e de onde se chega, rapidamente, a pé ao Castelo de São Jorge.

Começa, a partir daí, uma descida divertida, aos solavancos, durante a qual, quase parece que vai bater contra as casas.

Passa pela Sé, pelo Largo de Santo António, e pela rua conhecida pelos Lisboetas pelas suas retrosarias, a movimentada Rua da Conceição.

Segue para o Chiado, onde é quase certo que faça uma paragem em frente ao café “A Brasileira”, conhecido por ser o local onde as pessoas gostam de tirar uma fotografia junto à estátua de Fernando Pessoa.

Do Largo de Camões, mesmo às portas do Bairro Alto, inicia a descida da colina do Chiado pela Calçada do Combro.

O antigo Convento de São Bento, hoje o edifício da Assembleia da República, bem como o Jardim e a Basílica da Estrela são outros dos pontos muito interessantes do percurso do 28.


Atravessa o bairro residencial de Campo de Ourique até ao Largo dos Prazeres, onde se encontra um dos cemitérios da cidade, onde repousam figuras da história e cultura portuguesa, tais como Mário Cesariny, José Cardoso Pires ou ainda o pintor José Malhoa.

É neste largo que termina o percurso do 28.

Aconselho voltar ao ponto de início, de novo no elétrico.

Vai passar pelos mesmos pontos mas em sentido contrário, o que nos permite ver os sítios de uma outra perspetiva e descobrir, assim, outros pormenores.

Também recomendo, pois foi o que eu mais gostei, esperar o tempo necessário para ter lugar sentado no elétrico para poder abrir a janela e apreciar, assim, a viagem.

Um último conselho é não comprar a viagem no elétrico, por ser muito mais cara, mas sim utilizar o cartão que permite viajar da Carris.

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